Meditando descobri algumas verdades sobre a dificuldade de se viver neste planeta. A sensação física é tão quente, fria e morna. Isso é bem intenso, tanto quanto não consigo descrever. A condição aqui colocada para sobrevivência desse corpo e a forma a que somos atrelados a ele é inexplicavelmente insana, a ponto de impedir as pessoas de chegarem a uma lucidez freneticamente estável.
DEZEMBROS - (ZECA BALEIRO)
ResponderExcluirNunca mais a natureza da manhã
E a beleza no artifício da cidade
Num edifício sem janela
Desenhei os olhos dela
Entre vestígios de bala
E a luz da televisão
Os meus olhos têm a fome Do horizonte
Sua face é um espelho Sem promessa
Por dezembros atravesso
Oceanos e desertos
Vendo a morte assim tão perto
Minha vida em suas mãos
O trem se vai
Na noite sem estrelas
E o dia vem
Nem eu nem trem nem ela